(imagem: jornal Público)
As curvas de crescimento das crianças têm novas características,
definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os novos percentis
são menos tolerantes face à obesidade e mais permissivas com os bebés
alimentados apenas por leite materno que, nos primeiros meses de vida,
podem crescer um pouco mais devagar.
Os boletins de Saúde Infantil e Juvenil vão começar a ser substituídos. Na prática, esta mudança vai fazer com que os valores expressos nestas
tabelas de percentis traduzam um crescimento mais próximo do "ideal" e
vai ainda permitir detectar com mais rigor algumas situações
problemáticas, como os casos de obesidade.
Os profissionais, muitas
vezes, são intempestivos em introduzir o suplemento de leite artificial e
isso não é necessário. Um bebé amamentado tem uma evolução ponderal
mais lenta e isso é bom em termos da sua saúde cardiovascular no
futuro.
Muitas vezes o percentil de uma criança é sobreavaliado e, pior do que
isso, mal interpretado pelos pais. Não há um bom percentil e muito menos
é verdade que, quanto mais alto o percentil, melhor. Não importa se a
criança tem o percentil 25, 50 ou 75. O importante é crescer a uma
velocidade normal, em paralelo com as curvas de referência, e ter o peso
e o comprimento a progredir de forma proporcionada e harmoniosa.
É importante os pais aceitarem mudar comportamentos. De nada adianta mudar os “livrinhos” se daí não resultarem
consequências.
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