O dia mundial da alimentação, celebra-se hoje, com o objectivo de consciencializar a população sobre a importância da alimentação
saudável e equilibrada na promoção da saúde e divulgar o Direito Humano
a Alimentação Saudável e adequada como um dos direitos fundamentais do
ser humano.
Este ano a Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação (FAO), escolheu o tema “Cooperativas agrícolas
alimentam o mundo” em reconhecimento do papel que as mesmas desempenham
para melhorar a segurança alimentar e erradicar a fome. A FAO pretende
fomentando mundialmente a reflexão sobre a fome e a produção de
alimentos de forma a garantir a segurança alimentar e nutricional da
população.
As cooperativas têm sido chamadas de “modelo de negócio
com uma consciência social”. Com mais de 800 milhões de associados, ela
operam em todos os setores da economia mundial e garantem 100 milhões de
empregos - 20% a mais do que as empresas multinacionais.
Praticamente
uma em cada sete pessoas sofre de desnutrição, mas o mundo tem os meios
para eliminar a fome e promover o desenvolvimento sustentável. Há um
amplo acordo de que os pequenos agricultores fornecerão grande parte dos
produtos necessários para alimentar mais de nove biliões de habitantes
em 2050.
A FAO considera que uma das medidas necessárias para obter a
segurança alimentar é apoiar as cooperativas, organizações de
produtores e outras instituições rurais, investindo nelas. Várias
histórias de sucesso em todo o mundo mostram que as instituições
rurais, como organizações de produtores e cooperativas, contribuem para
a segurança alimentar ajudando os pequenos agricultores, pescadores,
criadores de gado, silvicultores e outros produtores a obter acesso às
informações, ferramentas e serviços de que necessitam. Isso permite que
eles aumentem a produção de alimentos, comercializem os seus produtos e
criem empregos, melhorando a sua subsistência e aumentando a segurança
alimentar no mundo.
Em 2007-2008, o preço do milho aumentou 74
por cento e o do arroz 166 por cento. Contudo, muitos dos pequenos
produtores não conseguiram aumentar a sua produção, produtividade e
rendimentos. O aumento dos preços nos mercados internacionais não se
traduz em rendimentos mais altos e maior bem-estar para os pequenos
produtores nos países em desenvolvimento.
Mas segundo a FAO, as
pesquisas e a experiência acumulada mostram que, embora os pequenos
agricultores por si sós não se beneficiem do aumento nos preços dos
alimentos, os que actuam colectivamente em fortes organizações de
produtores e cooperativas têm melhores condições para aproveitar as
oportunidades do mercado e reduzir os efeitos negativos das crises
alimentares e outras crises.
A FAO recomenda a promoção dessas
empresas especiais como meio de escapar da fome e pobreza. Enfatiza a
necessidade de capacitar e apoiar o crescimento e sustentabilidade das
cooperativas agrícolas e alimentares
Sem comentários:
Enviar um comentário