Duas colaboradoras da Deco sem excesso de peso visitaram anonimamente 48 locais de venda de medicamentos e apenas em cinco o medicamento não lhes foi vendido.
«O estudo demonstra a falta de controlo na venda do Alli, o que conduz a situações de abuso. O atendimento dos profissionais deixa muito a desejar. Nada perguntam ao consumidor e, em regra, limitam-se a vender o medicamento.
Não se revelaram prestadores de saúde», comenta a análise da Deco, divulgada na revista Teste Saúde, esta sexta-feira.
«O Alli é recomendado apenas a quem tem um índice de massa corporal (IMC - relação entre peso e altura) igual ou superior a 28», lembra a Deco.
No entanto, em nenhum dos 43 locais visitados foi perguntado o peso das utentes e em apenas 25 a informação sobre a toma correcta do Alli foi abordada.
«A venda de um medicamento que reduz a quantidade de gordura absorvida pelo organismo dá azo a abusos. Também o uso incorrecto do mesmo pode originar deficiências nutricionais», sublinha a Deco.
Depois dos resultados observados, a DECO defende que a venda do Alli sem receita médica é «um mau princípio» e apela à Agência Europeia do Medicamento para rever os critérios que estão na base da autorização.
A mesma opinião têm as congéneres europeias da Deco, que obtiveram resultados semelhantes numa análise realizada noutros país como Espanha, Itália e Bélgica.
Os problemas de obesidade devem ser resolvidos com acompanhamento médico. e de nutricionista. No entanto, o medicamento foi aprovado pelo Infarmed e penso ser um exagero a DECO referir «risco de deficiências nutricionais» aquando da toma do fármaco.
3 comentários:
é a favor disso?
o medicamento não é só à base de produtos naturais pois nao?
Eu não sou a favor do uso de medicamentos para emagrecer. Mas neste caso preciso, se for usado nas condições para o qual foi criado, é seguro.
Eu não sou a favor do uso de medicamentos para emagrecer. Mas neste caso preciso, se for usado nas condições para o qual foi criado, é seguro.
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