quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Falta de Nutricionistas

Ministério da Saúde prometera um especialista em cada um dos 68 agrupamentos de centros de saúde até final deste ano. Mas ainda há 32 agrupamentos sem estes médicos.

O objectivo do Governo de colocar um nutricionista em todos os agrupamentos de centros de saúde, em 2009, ficou por alcançar: praticamente metade dos agrupamentos continua sem estes profissionais.

Para combater e prevenir do- enças como a obesidade e a diabetes, o Governo tinha prometido colocar um nutricionista nos 68 agrupamentos de centros de saúde (ACES) ao longo deste ano. Um reforço que permitiria aproximar Portugal dos número de profissionais defendidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), já que o País tem apenas um quinto dos profissionais de que necessita.

Mas, segundo os últimos dados da Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), ainda existem 32 agrupamentos de centros de saúde sem nutricionista. Nos centros de saúde de Santarém não há nenhum destes profissionais e nos de Lisboa, Évora, Beja e Portalegre há apenas um especialista.

O Ministério da Saúde adian- tou à Lusa que existem actualmente cerca de "80 nutricionistas nos cuidados de saúde primários", prevendo que estes "números subam significativamente no âmbito do programa de estágios da Administração Pública". Estes profissionais deverão começar a actividade no segundo trimestre de 2010.

A APN alerta ainda que pode haver alguns centros de saúde que têm profissionais a trabalhar nesta área, mas "não são detentores da licenciatura em Ciências da Nutrição e, portanto, não possuem esta profissão".

Para a presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas, Alexandra Bento, os números ainda estão "muito aquém do necessário", lembrando que a proposta feita pela APN ao Ministério da Saúde é de "um rácio de um nutricionista para cada 20 mil habitantes". "Em 2007, havia 52 nutricionistas nos cuidados de saúde primários, este ano, em Maio, eram 75", disse, comentando que foi "um incremento em dois anos, mas ainda é manifestamente insuficiente. Se houvesse nutricionistas em todos os centros de saúde seria possível parar esta doença", conclui.

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